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O “fim” das redes sociais: tá tudo derretendo? 

Nossa opinião sobre o futuro das redes sociais, as mudanças e as recentes demissões em massa das grandes plataformas

27 de nov. de 2022 • Fonte :  YouPix Newsletter

Já passamos por mudanças muito mais radicais do que a que estamos vivendo agora. Foi com essa frase que o Rafael Sbarai abriu o painel “O fim das redes sociais como conhecemos hoje” no YOUPIX Summit 2022. 

A verdade é que, antes de entrar em pânico, é preciso entender o contexto das coisas. É isso que nos ajuda a compreender de onde viemos e pra onde vamos. E, quando observamos os movimentos cíclicos da internet, que vão e que vêm, concordar com o Rafa fica cada vez mais fácil.

A gente acredita que não são os grandes CEOs que vão acabar com as redes sociais, porque elas já estão meio que mortas em alguns aspectos. Isso porque as redes que definiram a nossa interpretação sobre esse termo estão perdendo espaço pra novas iniciativas. 

Ao contrário do que se supôs algum dia, essas plataformas (Twitter, Instagram e Facebook) não estão concorrendo com espaços no metaverso, mas sim com plataformas como TikTok, Twitch e Youtube, pelas quais creators se conectam melhor com suas comunidades.

Vale sempre lembrar que a internet não é um veículo de massa e que as atenções aqui são fragmentadas. O que temos, então, é uma mudança de comportamento (que por vezes vem de forma sutil e, por outras, acontece de forma brusca) que acompanha mudanças da sociedade como um todo.

Outra reflexão interessante é entendermos o termo “rede social” e como ele foi enviesado na última década por essas plataformas gigantes (Twitter, Instagram e Facebook) que, de social, têm bem pouco. 

Vamos supor, por exemplo, que o seu bairro tenha um grupo no Facebook em que vocês trocam mensagens sobre assuntos internos, relevantes para os moradores. Isso é uma rede social. Agora a plataforma Facebook, com interesses, servidores, estrutura, capital e aplicativos próprios, além do uso dos dados de quem tá pra fins comerciais e de forma nada transparente, acaba se desviando do papel de uma rede social.

Chamar grandes corporações, com grande foco em anunciantes, de redes sociais, mostra que temos, hoje, uma ideia fixa sobre o assunto, que nos impede, inclusive, de criar espaço para o novo.

Essa discussão não é sobre novas plataformas, novas tecnologias ou novas soluções. É sobre mobilização contra os sistemas vigentes. Porque rede social é pra gente se conectar, acima de publicar e anunciar. 

Então, fica aqui a lição: não é porque uma ou outra plataforma sofra mudanças, que a gente precisa se desesperar, tá? A creator economy tá longe de acabar. Aliás, ela está apenas engatinhando e esse talvez seja apenas um sinal do que está por vir.

Em tempo: nosso máximo respeito a todos os profissionais recentemente desligados das grandes plataformas. Sentimos muito sobre o que ocorreu e como ocorreu e esperamos que vocês se restabeleçam o quanto antes.